sábado, 13 de junho de 2009

Sonhar?

Mas, voltando para a narrativa, descobri nos depoimentos que ouvi, em palavras escassas e até mesmo em discursos monossilábicos, que muitos deles não eram capazes de sonhar e mais tarde comecei a desconfiar que o futuro não era palavra presente em seus vocabulários.
_ Fessô, pular daqui deve ser “da hora” Zé!
_ Sim, arrebentar a cara lá embaixo é que não deve ser gostoso.
_ Ah fii! aí já é outra história
Notei neste incidente que o hoje, o agora, o neste instante é o que importa. Velho. Que filosofia de vida é esta? De vida? Confuso. Porém admirado e interessado. Com um pouco de inveja por ter visto naqueles adolescentes tanta vitalidade e vontade de passar por novas experiências.
Bem... A oitava, ou quarto ano do segundo ciclo, nomenclatura que nem eles absorveram, não sabe o que é escola técnica e não quer saber de seleção para o segundo grau. No máximo fazem planos para o segundo grau na escola estadual duas quadras a frente.