sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ufa! Acabada a primeira aula.

Bem... Segunda turma do dia e nesta nem sei me fazer ouvir, sou professor substituto, só substituto... Acho que não estou nem substituindo, no meio desta bagunça não sou nem ser humano. De repente e de onde menos se esperava, uma voz viria em meu auxílio "professor você tem que gritar use uma régua pra bater na mesa e mande todo mundo sentar senão você não vai dar atividade nenhuma" . Gritar não me pareceu uma boa idéia. Havia prometido pra mim mesmo em uma consulta com o fonoaudiólogo no SESMT que não eu gritaria e nem forçaria minhas cordas vocais em competição sonora. A palavra “atividade” me soou mais solidária, então inventei um ditado e comecei a dizer umas palavras, aos poucos a turma se acalmava e me via transformando em um daqueles professores que improvisam aula. Frustrado. Sou professor? Quando enfim um número considerável de alunos já me ouvia (e depois descobri que os outros não fariam nada mesmo em aulas futuras) quis conversar com eles e fazer perguntas de sondagem, mas não quis macular aquele sagrado momento em que as palavras que fluíam de minha boca se transformavam em caligrafias múltiplas em seus papéis. Senti-me, no mínimo professor (professorzinho de merda), pois uma mínima transmissão de dados, mesmo que ainda não sendo processados em conhecimento, já acontecia. O simples ato de poder transmitir algo, naquele momento era uma imensa satisfação.

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