terça-feira, 25 de agosto de 2009

Gritei, ops!


Pois gritei, bati com a régua na mesa e com o apagador também, dei socos no armário de aço e na porta, fui mal educado e mandei calar a boca, fui indelicado e quase disse palavrões, fui injusto e não deixei ir ao banheiro, fui fraco e às vezes desisti da aula, fui impaciente e esperei que resolvessem por mim, fui muita coisa que não queria ser, pois acreditava que com isso estaria consertando algo ou conseguiria fazer com que alguém entendesse ou aceitasse que o que eu tinha pra falar merecia ser ouvido. Erros, erros e mais erros...
Hoje vou terminar por aqui, não por não ter mais o que dizer, mas por estar engasgado e cheio de coisas pra digerir.
Digo apenas que estou em busca de ser professor, não o professor que eu pensei que era, mas o professor que eu preciso ser. O professor que faça sonhar sem falar no futuro, o professor que ensine o currículo exigido e atenda as demandas da realidade dos alunos, o professor que não precise pedir pra dar aulas como se fosse uma caridade. Um professor que se torne uma lembrança em um passado bom. Um professor que prepare o aluno ao menos pra que volte diferente no dia seguinte.

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